sábado, 29 de setembro de 2007

Fibrilhação e Assistolia

-Fibrilhação-
Não pestanejar de viva voz há algum tempo é uma tentativa de remeter para o fundo de mim todo o outro (gigante) mundo que impera a par do H. Mas a sua repreensão é insuportável e a revolta pulula, espicaça, belisca e morde todos os meus domínios interiores. Rompe aparências sob a forma de ansiedade indiscernível. O eco da (minha) voz que não ouço, o sabor salgado das lágrimas que não degusto...Destabiliza-me... Desagrada-me.

-Assistolia-
Fecho os olhos ao som que se apaga. Imagino uma calma, uma pacatez extracorpórea.
Há dias em que o sono interior assola a garganta asténica, atónica após o gemido. Todavia, a lágrima não cai, não escorre, nem sequer ousa esboçar-se, volta-se para dentro e como que hipercinética, auto-propulsada, acutila em metálicos ricochetes o corpo que a prende - materialização da dissociação múltipla de 'n'.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Lua Cheia

Viram a Lua ontem?
Com Tejo (a espelhá-la) ou sem Tejo?

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Não está fácil!

O branco que espera o dilacerar do teclar...
O gerar de letras, palavras, frases...parágrafos portadores de estados de alma, de coração ou de um simples estar. Poucas são as ideias que fluem e muito são os dós da estagnação.

sábado, 22 de setembro de 2007

"A vida (...) está sempre perto"*

O cansaço projectado no despertador dessintonizado que soou às 7h (7h da manhã de um sábado pouco diferente de uma segunda-feira) não foi imperador para a cedência.
Rotina matinal...sem grande fundamento lírico...já se sabe. Esse assim dito fundamento esteve sim na...manhã:
fria, luminosa, brilhante, estrondosamente bela... a aludir ao Inverno que estará para vir. São as minhas manhãs preferidas.
"Pois aí lha deixo, se é vida isso".*

* in O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Bom... estava a ver que até o servidor me boicotava a pausa que decidi fazer no H para pestanejar (estava com saudades!).
Ora vamos lá então...
Cá estou, cá me deixo passar pelos dias que se reproduzem e voam em letras minúsculas de dois volumes pesados cujo transporte diário (às costas...e na mente) me inaugurou umas antipáticas dores localizadas no terço inferior da região ântero-interna de ambas as pernas, que irradiam, por vezes, pelo gémeo interno e...que mais importante de tudo, me preocuparam seriamente em vésperas da minha 2ªmeia-maratona (não houve grande crise pelo que consegui fazer 2h00'15'' debaixo de muito sol e com muita 'santa' subida!!! Foi durito mas alcancei um bonito 66ºlugar em "femininos" - e não, não foram 67 mas sim 156 mulheres a concluir a prova,'tá!).
De resto, tento estabilizar as minhas ansiedades e concluir que há passos que só a cada um compete dar. Este foi um dos meus passos de hoje...um dos exteriorizados.
Tantos outros acontecem...
fiquem com mais uma espantosa música

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Isto não está no H

"Qualquer estátua - é sabido - contém um princípio vital que uns dizem derivar do artista que a moldou, outros da entidade que representa, outros ainda do próprio vigor da pedra, que apesar de cortada e extraída continua a nascer e a crescer nas pedreiras. Talvez seja ilusória aquela rigidez das formas. Provavelmente, a estátua observa o que se passa em volta. Tudo vê, ouve e guarda. Mas apenas actua nos momentos propícios, raros e ponderosos.
E sendo assim, deve haver um segredo para penetrar na alma das estátuas. Um gesto, um vocábulo, um pensamento piedoso emergindo no tempo e na conjugação astral adequados. Ou talvez apenas uma pessoa bem determinada (...)"
in Um Deus passeando pela brisa da tarde, Mário de Carvalho

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

sábado, 1 de setembro de 2007