segunda-feira, 3 de maio de 2010

caixa de correio

A cidade dos sonhos passou, em grande parte da minha vida, pela caixa de correio.
No passado, era forma privilegiada para prolongar os balanços e expectativas dos Verões com as minhas amigas das férias; para 'manter' as primeiras relações platónicas quando a adolescência tornava premente a ideia do 'príncipe encantado'...
A espera, a surpresa, o contacto com o papel tocado e escrito por outra pessoa... a letra, as rasuras, os asteriscos e os 'p.s.', a previsão da chegada...
Confesso que tenho saudades. Confesso que tenho muitas (todas?!) as cartas guardadas...
Hoje, a forma mudou, mas não a expectativa, não o 'suspense' ao abrir a 'mail box', a gestão das dúvidas, a leitura das entre-linhas...
A imprevisibilidade do outro, dos factores extrínsecos é imperatriz que me estenosa a glote... 'Até... à volta do correio'.