sexta-feira, 28 de novembro de 2008

'Aqui la vida renasce'

Na brancura de uma parede pinta-se a intensidade viciante dos corpos que se movem por inatismo.
E os escotomas brilhantes esvoaçam estonteando a racionalidade.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Lisboa continuará!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Lx

Pensei honrar a minha Lisboa.
Dizer quanto a acho bela com sol, com chuva, sob o céu nublado ou carregado de estrelas não visíveis... com carros sem carros, com cheiro a maresia ou com cheiro a 'esgotaria', com a impessoalidade desconfiada dos transeuntes, com a simpatia e hospitalidade das matronas da 'Lisboa antiga'...
O quanto gosto do vento no castelo, da relva no parque das nações, do muro altivo e magestoso do cimo do parque Eduardo VII, do sol que nasce em frente às minhas janelas, que me aquece a casa e me faz andar de alças e calções enquanto na rua o vento sopra e as pessoas apertam os casacos e cruzam os braços sobre si, fechando mais uma vez as caras; dos pastéis de Belém, do páteo onde a minha avó morava e onde brinquei às escondidas, à apanhada, quintal acima, quintal abaixo, onde vi pela primeira vez um perú vivo e achei que podia ser o meu avião de fantasia.
Como amo a gaivota que meio perdida sobrevoa o já restituido cais das colunas e reina sobre o telhado vidrado do C.C.Vasco da Gama.
Como o meu respirar é monómero desta cidade e desta cidade bebo a alegria da marcha que desce a Avenida...
Como recordo ter ido ao cinema Condes antes de ser Hard Rock Cafe, como me lembro das iluminações de Natal do Rossio por lâmpadas incadescentes de 60w em grinaldas nas árvores que lá deixaram de estar para dar lugar a estas outras tão novinhas.
Como me lembro de subir pela primeira vez ao campo de Sant'Ana e apreciar a luminosidade do edíficio da FCM como sonhei lá entrar diariamente e como entrei...e entro. Como estudei no Torel ao Sol é à chuva. Como lá me refugiei...até de mim.
Descer do Bairro Alto para a Baixa olhando a Lua cheia plena de universalidade.
Ficar molhada até aos ossos a ver um jogo do Benfica na velha catedral.
Representar nas mágicas caves do Liceu Camões.
Andar de eléctrico com a cabeça de fora da janela...
Enfim...
Espero dentro de 48h poder dizer que vou continuar o meu continuo crescimento alfacinha. Espero mesmo.

É a luz, é o...Todo!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Parceria?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Romântica não!

Sem música, imagens, artefactos
Ou dispersadores de atenção
Não quero dizer nem escrever
Quero ser ouvida e lida
Por voz clara e lúcida
Que não desejo o sonho
Quero vivê-lo
Que não anseio a paixão
Quero sê-la
Hoje, amanhã, depois e sempre
E se isso me sufocar
Quero lutar contra a apneia
Quero recrudescer de força
E esbracejar
Arranhar o ar mosto, lânguido
Sugar a vida vivida
Sem Platão nem Ícaro
Acordar por mordedura
Sentir que o corpo ferve e se degladia
Por ferocidade respirar
Por inquietação existir
A lutar, a gritar, a desesperar

Quero pesar no irracional
Quero lá ir e nunca me conformar

Quero reconhecer-me e reencontrar-me.