segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

as mãos dos outros...

Um rosto numa mão, o meu numa não minha. Talvez seja esta a sensação eleita de uma vida.
Sem grandes e complexas regressões encontra-se o significado gestual num passado cada vez mais remoto, cujo rótulo, se transmuta em cores e corpos diferentes, sorrisos e risos de sangue e de pertença. Rótulo onde se lê 'carinho' - o maternal, aquele que inaugurou a maravilhosa sensação de sentir o calor fresco de cinco dedos e uma palma pousando e deslizando, levemente, no reino das pálpebras, pestanas, nariz, lábios, queixo, bochechas... e, que num segundo, lavam a alma de paz e alegria.
Um rosto numa mão, o meu numa não minha.

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