sábado, 23 de dezembro de 2006

O não Ar.

Imagina que vais no caminho de volta e de repente o trilho se fecha, o céu escurece de nuvens e indigo, o Homem ensurdece e o teu peito dói de um doer que te estilhaça a alma num trajecto ascendente e magnético que não consegues impedir que te projecte o chapéu. Então, olhas para cima e vês um clarão - não mais que a tua vontade por ser Sol...por ser calor!
As ideias fogem e escapam por entre assobios turbinais que te perturbariam de morte ou não estivesses tu surdo como os demais.
Os odores entram pelos teus olhos como farpas nauseabundas que te são indiferentes porque vêm nuas.

E as turbinas rodopiam e o Sol não aquece e os odores somam-se e o escuro escurece e a dor avulta-se e as rodas rolam e tudo são rodas e as rodas são rodas e tudo são voltas alucinantes e tudo te envolve e te faz girar e girar e girar e girar...descontroladamente.

Respira.

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