sábado, 23 de junho de 2007

Nem só de "Perfume" se faz a mente deste senhor...pelos vistos, partilha da realidade "harrisoniana" que se prepara para nos embalar (e estou a ser irónica...ou não!).
Só lamento pela discórida veemente que ergo à questão da osmose.
"Talvez a leitura seja um acto impregnativo durante o qual a consciência é certamente imbuída por completo, mas de um modo tão imperceptível e osmótico que não toma consciência do processo. O leitor que sofre de amnésia in litteris transforma-se indubitavelmente através da leitura, mas não o nota porque quando lê também se alteram as tais instâncias críticas do seu cérebro que lhe fariam ver que estava a mudar. E para quem escreve, a doença seria até provavelmente uma bênção, sim, quase uma condição necessária, resgatando-o da veneração paralisante que todas as grandes obras inspiram, podendo assim adoptar uma atitude completamente desinibida perante o plágio, sem a qual não se pode desenvolver nada de original.(...) já não podes mergulhar de cabeça num texto, deves agora encará-lo com total objectividade, com consciência crítica e apurada, tens de extrapolar, de memorizar, tens de exercitar a tua memória." in Amnésia in litteris, Um combate e outras histórias - Patrick Süskind

Mas como uma rua (onde as árvores repousam, as montras recriam luminosidades quentes e a calçada reflecte o brilho da incandescência) enquadrou magnetismos (sempre)inesperados aqui fica mais um sorriso de boa noite, bom dia, boa tarde...bom adormecer, bom acordar.

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